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quinta-feira, 25 de março de 2010
Secretaria do Trabalho e Indústria realiza curso gratuito para despertar “Capacitação em Empreendedorismo”
terça-feira, 23 de março de 2010
33 mil pessoas participam da festa de 46 anos de Telêmaco Borba
A vereadora e presidente da Câmara, Fátima Ribeiro, reiterou a importância da diversão, do entretenimento e da paz, que “sempre tem que ser a base festiva”. De acordo com ela, nos 46 anos de existência do município os munícipes devem festejar. “E temos ainda muito mais pela frente, desenvolvimento, trabalho, cultura, fé e saúde”, lembrou. Também estiveram no último final de semana
TALENTOS LOCAIS
Os talentos locais também abrilhantaram a festa, Filhos do Céu, Ministério Ruah. Leandro Gonçalves e Banda avisaram que o lançamento do CD Notre Dame ocorrerá dia 28 de maio, na Casa da Cultura e toda a população cristã está convidada.
CULTURAL
Na quinta-feira, o Concerto Orquestra de Metais na Casa da Cultura reuniu centenas de pessoas para apreciar mais um belíssimo espetáculo da Banda Marcial que detém importantes títulos, como Pentacampeã Paranaense [2008] e Campeã Brasileira [2007]. Mais uma vez, os munícipes celebraram seus 46 anos, com “AçãoEducAção”, em todos os níveis, com direitos e deveres.
Sinval faz reivindicações a deputado Ricardo Barros
Transbrasiliana, Aeroporto, Ramal Ferroviário e recursos do Prodetur foram principais solicitações
Região
Estradas e transporte escolar
Respostas
Comitiva
Desfile Cívico atrai 10 mil pessoas na Horácio Klabin
Começam os preparativos para a primeira edição do Paraná em Ação em Telêmaco Borba
segunda-feira, 22 de março de 2010
Abertas inscrições para observadores à 4ª Conferência Estadual das Cidades
Num primeiro momento, serão disponibilizadas 200 vagas aos observadores para as inscrições realizadas via site (www.4conferenciadascidades.pr.gov.br), até o dia 31 próximo. “A participação é de extrema importância para o aprofundamento do debate sobre os avanços da questão urbana e para o fortalecimento da gestão compartilhada e democrática das cidades”, destaca o secretário do Desenvolvimento Urbano e presidente do Conselho das Cidades do Paraná (Concidades-PR), Forte Netto.
Não é cobrada taxa de inscrição, mas os observadores deverão arcar com suas despesas de transporte, hospedagem e alimentação. O lema da 4ª Conferência das Cidades é “Cidade para todos e todas com gestão democrática, participativa e controle social” e o tema “Avanços, dificuldades e desafios na implementação da Política de Desenvolvimento Urbano”.
Requisitos - Ao preencher o formulário de inscrição, o candidato deverá optar por um dos quatro grupos temáticos disponíveis. São eles: criação e implementação de Conselhos das Cidades, planos, fundos e seus conselhos gestores; aplicação do Estatuto da Cidade e dos Planos Diretores e a efetivação da função social do solo urbano; a integração da Política Urbana no território: políticas fundiárias, mobilidade e acessibilidade urbana, habitação e saneamento; e relação entre os programas governamentais e a Política de Desenvolvimento Urbano.
Os observadores terão direito à voz, mas não a voto, nos grupos temáticos. Porém, não terão direito à voz, nem a voto, na plenária para aprovação das oito propostas paranaenses à PNDU e das 16 proposições, em âmbito estadual, que serão encaminhadas aos órgãos competentes como sugestões à Política de Desenvolvimento Urbano do Paraná.
Outras 100 vagas para observadores serão disponibilizadas durante o evento. Neste caso, as inscrições deverão ser efetuadas no dia 7 de abril, a partir das 14 horas, e no dia 8 de abril, das 8 às 14 horas, nos guichês de credenciamento na conferência, em Foz do Iguaçu.
Serviço: outras informações sobre a 4ª Conferência Estadual das Cidades no site www.4conferenciadascidades.pr.gov.br, pelos telefones (41) 3250-7295 e (41) 3352-8206 ou pelo e-mail: tiraduvidas@sedu.pr.gov.br.
CIEPG -II CONGRESSO INTERNACIONAL DE EDUCAÇÃO
domingo, 21 de março de 2010
BELO MONTE PARA QUEM
Bruno Peron
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A construção da usina hidrelétrica de Belo Monte é mais um capítulo do certame entre os pujantes e os despossuídos. O que chama mais a atenção é o apelo oficial à obra em nome do desenvolvimento.
Temos a impressão de que os vencedores da contenda exibirão, como de costume, os detalhes do empreendimento colossal pelas ferramentas digitais do Google, já que o prejuízo da população regional reduz-se a um mero empecilho. Nas imagens via satélite, os pequenos nem aparecem.
Indígenas, agricultores e habitantes de áreas ribeirinhas assistem ao advento da terceira maior usina hidrelétrica do mundo e a segunda do Brasil como seres desarmados e passivos.
A usina hidrelétrica será instalada no rio Xingu, próximo à cidade de Altamira, oeste do estado do Pará. Terá capacidade de geração de 11,2 mil Megawatts (MW) e criará, segundo seus defensores, 18 mil empregos diretos. Não se contam os imigrantes iludidos.
Paquiçamba e Arara da Volta Grande, por sua vez, são as principais comunidades indígenas afetadas pelo futuro ominoso para suas práticas tradicionais. O pouco que resta das culturas aborígines é incinerado por esse modelo de desenvolvimento.
A maior hidrelétrica do mundo é a de Três Gargantas, no rio Yang-Tsé, China, enquanto Itaipu, em Foz do Iguaçu na fronteira com o Paraguai, é a segunda.
A discussão sobre a instalação da usina de Belo Monte já toma pelo menos vinte anos e, a despeito do mérito do tema, atravessou vários carnavais em que mulheres bonitas exibiam a bunda e o peito.
O projeto, cujo custo é estimado em R$30 bilhões e estimulado pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), é polêmico. A aprovação incondicional pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) botou lenha na fogueira.
Um tema que era amargo ficou corrosivo.
Movimentos sociais, análises ténicas de cientistas, alguns organismos sem fins lucrativos e o Ministério Público Federal opuseram-se ao projeto de construção da usina, que está ratificado por grupos pujantes.
A questão que permeia um projeto desta magnitude é de qual é o modelo de desenvolvimento que o Brasil se prontifica a seguir, se é sustentável ou não e quem auferirá benefícios e prejuízos.
O mote da política é ação para maiorias ou minorias. Nunca é para todos.
Alguém sempre ganha; outro, perde.
Belo Monte prevê impactos como: diminuição do volume de água no rio Xingu, dificuldades no transporte fluvial, extinção de espécies de peixes, atração de imigrantes excedentes.
A construção da usina hidrelétrica numa região de vazio populacional confirma o clientelismo de políticos envolvidos no projeto e a vocação tupinica de vender o que a natureza nos presenteia.
A evacuação de recursos naturais terá novo impulso com essa obra faraônica, assim como se reiterará a decadência de nosso padrão de ocupação das áreas verdes.
Os rincões do norte do Brasil obedecem a uma lógica submissa aos mandos de grandes empresários nacionais - mas não nacionalistas - e a especulação de estrangeiros interessados no nosso banco de espécies aberto à exploração mundial.
Belo Monte é o limiar de uma etapa de sondagem que os tomadores de decisão tupinicas - e pretensos representantes do povo - subsidiarão de longe e com os olhos vedados.
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), instituição que atira para todos os lados e acaba abatendo tupinicas, financiará o ganhador do leilão de Belo Monte, que está previsto para abril. O tiro mais recente saiu no empréstimo milionário deste banco à Mercedes-Benz.
Se a preocupação fosse a visão de longo prazo, o BNDES destinaria boa parte de seus recursos aos pequenos e médios empresários nativos deste Brasil onde o come-come é faminto.
Aquífero Guarani, minério de ferro, pré-sal, terras agricultáveis e potencial hídrico para a construção de barragens são algumas das dádivas com que contamos dentro do modelo de desenvolvimento vigente no Brasil.
Resta ilustrar a quem este modelo atende.
http://www.brunoperon.com.br